Segundo Portugal, a droga, identificada como cannabis sativa, vulgarmente conhecida por "soruma", tinha como destino os reclusos que cumprem penas na instituição. A apreensão ocorreu após uma operação do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) e outras entidades de justiça, que resultou na incineração de mais de 150 kg de drogas diversas.
“Eu trago uma versão sobre a apreensão da droga no nosso estabelecimento penitenciário, dizer que numa certa data que não posso precisar, um colega foi neutralizado no portão 1, a quase 500 metros do interior penal, com uma quantidade de droga de quase 1 kg, vulgo soruma. O colega em causa foi neutralizado por uma equipa de inteligência penitenciária e encaminhado às instâncias competentes, com processos criminais e disciplinares em curso”, afirmou Portugal.
O porta-voz explicou que a detenção do guarda ocorreu antes de ele entrar no interior do estabelecimento penitenciário. “Ele estava devidamente escalado no dia do incidente, de serviço.
Ainda não podemos revelar a motivação exata, pois uma equipa especializada está a investigar.
O fato é que a droga foi apreendida antes de entrar no interior, e temos certeza de que ela estaria destinada ao interior do estabelecimento”, acrescentou.
Questionado sobre como interpretar o ocorrido, especialmente considerando que um guarda, cuja função é garantir a segurança dos presos, estaria envolvido na circulação de drogas, Portugal respondeu que “isso configura um crime em primeiro lugar. Como eu disse, há entidades competentes que estão a esclarecer tudo.
Nós apenas apreendemos a droga; ela não entrou no interior do presídio. É a primeira vez que isso acontece, e, como porta-voz, estou triste com essa situação. Ninguém ficaria contente”.
Durante a coletiva, realizada à margem da incineração de mais de 150 kg de drogas diversas, a porta-voz do SERNIC em Nampula, Enina Tsinine, garantiu que as investigações continuam no sentido de responsabilizar os envolvidos no abastecimento de drogas às unidades prisionais, incluindo possíveis redes de abastecimento e corrupção. Clique aqui para continuar
Fonte: InfroMoz